quinta-feira, 9 de abril de 2009

Tiozinho do pandeiro

O Avaí-LIC foi convidado a participar de uma festa no município de Bom Retiro. A equipe local, que cedeu ao nosso time três jogadores, nos receberia para uma partida, preliminar de um jogo adulto. Em Bom Retiro, município pequeno, mas que tem duas escolinhas de futsal bastante ativas, o esporte é levado a sério. Evaldo Schlemper, pai do nosso ala esquerdo Diogo, formalizou o convite.

Era julho e a equipe estava de férias. No dia marcado, um sábado, alugamos um microônibus, reunimos alguns jogadores, já que nem todos quiseram deixar o seu lazer para atuar em um amistoso a 180 quilômetros de suas casas.

Saímos da Florianópolis e começamos a subir a serra. Ainda não havíamos sequer chegado à metade do caminho quando o ônibus começou a superaquecer. Paramos à beira da estrada, em frente a uma casa. Não havia ninguém. No tanque de lavar roupas que ficava nos fundos enchemos de água algumas garrafas para repor os níveis no radiador. O ônibus funcionou, ûfa! Voltamos a seguir viagem. Quando parecia que estava tudo certo, parou novamente. Não tinha condições de seguir. Conseguimos, a um grande custo, fazer o motor pegar e chegamos a um restaurante de beira de estrada. Liguei para o Evaldo explicando a situação e cancelando o jogo. E, claro, pedindo um carro para nos levar de volta à Florianópolis já que a empresa contratada não tomou qualquer providência. Também não recebeu, é lógico.

No restaurante, após algum tempo de espera – já estava escuro -, começou a música ao vivo. Música nativista e coisas do gênero, creio eu, marcada por um sujeito com um pandeiro na mão. Foi apelidado pelo Iuri Schlüter de “Tiozinho do Pandeiro”. Iuri gravou tudo no restaurante e divulgou a nossa frustração através do You Tube. No fim, a garotada já estava consciente de toda a situação e relaxou.

Bem mais tarde a van de socorro apareceu. Embarcamos de volta à nossa cidade, chegando tarde da noite. Tive, evidentemente, que pagar a van e arcar com o prejuízo.

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